quarta-feira, 31 de julho de 2013

TEXTO PARA LEITURA E REFLEXÃO



Os pais perante o rendimento escolar

José Manuel Cervera e José Antonio Alcázar

Já escrevemos anteriormente que o primeiro motivo que provoca a relação dos pais com o colégio dos filhos é o da melhoria dos resultados escolares. E é lógico que assim seja. Deve ser um objetivo fundamental dos pais protagonistas da educação dos filhos que estes consigam desenvolver ao máximo todas as suas capacidades intelectuais: esse seria o verdadeiro êxito escolar do filho.
ÊXITO ESCOLAR = DESENVOLVIMENTO MÁXIMO DAS CAPACIDADES INTELECTUAIS MAIS FORÇA DE VONTADE NO ESTUDO
Também a escola e, portanto, o professor do nosso filho devem ter o mesmo objetivo e então, nas entrevistas com o professor, ainda que o rendimento escolar seja sempre um tema a tratar, analisá-lo-emos no contexto do nosso objetivo fundamental que é a educação integral do nosso filho e não nos limitaremos à visão limitada que suporia preocuparmo-nos apenas com a sua instrução.
A responsabilidade dos estudos recai sobre os pais, os professores e sobre o filho-aluno. É uma responsabilidade partilhada e, portanto, nenhuma das três partes deve permanecer à margem desta tarefa ou ter ópticas diferentes.
Nós, os pais, não podemos esquecer que o protagonista da aprendizagem é o nosso filho, o estudante, e que nunca pode ser sujeito passivo do processo educativo.
Para a aquisição de conhecimentos não basta que os professores expliquem e exijam, é preciso que o aluno realize o trabalho correspondente de aprender, que não é só <<compreender>> mas analisar, completar ou ampliar, memorizar, etc. Como costumamos dizer:
QUE O ALUNO ESTUDE

O estudo é o instrumento necessário para a educação intelectual que inclui:
- Aprender a pensar;
- Adquirir a capacidade de discernimento para chegar a ser uma pessoa que saiba escolher;
- Obter a cultura que, se é autêntica, é uma forma de viver, etc.

O estudo influi no desenvolvimento de toda a personalidade, pois partimos da idéia de que:
O ESTUDO É O TRABALHO DO ESTUDANTE
Suponho que a alguns parecerá que esta frase destacada é evidente. Estamos com ela a querer sublinhar que um objetivo básico do estudo é conseguir a educação para o trabalho, que os nossos filhos reconheçam o papel do trabalho nas nossas vidas.
É preciso 'motivar' os filhos para que queiram estudar e conseguir que possam e saibam fazê-lo. Necessitarão:
MOTIVAÇÃO PARA O TRABALHO E TÉCNICAS DE ESTUDO
A motivação para o estudo mais intenso será:
UM BOM AMBIENTE DE TRABALHO E NA NOSSA FAMÍLIA
Quando na família se respira um clima de trabalho bem feito, quando os pais tornam os filhos participantes das suas aspirações profissionais, na medida em que as podem entender, quando o trabalho ocupa um lugar objetivo - nem ociosidade nem <<profissionalite>> - e é aceite numa atitude de serviço, então, e só então, o ambiente familiar é uma motivação grande para os estudos dos filhos.
Os filhos valorizam muitíssimo a laboriosidade dos pais e a sua dedicação à família. O seu exemplo é decisivo para os ajudar a ser bons trabalhadores: é o melhor estímulo para os filhos. Sobretudo no caso dos alunos mais jovens: de nada serve que um pai trabalhe muitas horas fora de casa se, ao chegar, não realiza tarefa alguma em benefício da família, porque "está muito cansado".
Há pais a quem parece que só os preocupa na educação dos filhos que obtenham boas notas, pois reduzem a educação ao êxito escolar, como primeiro passo do futuro êxito social.
Estes pais que se ficam pelo resultado e se esquecem da educação como processo, como é necessária a mudança da pessoa do filho através do tempo, não estão a tratar os filhos como seres livres. Assim, a educação converte-se em treino, pois não se conta com os motivos, convicções e preferências de cada filho.
Para que o estudo seja um trabalho educativo deve pôr em jogo as faculdades pessoais, isto é:

- deve ser livre, realizado intencionalmente;
- assumindo a responsabilidade da própria tarefa.

Depois, para que o estudo seja um trabalho livre e possa servir como meio de educação, deve dar prioridade à pessoa, e não ao resultado objetivo desse trabalho.
Por conseqüência, é preciso indicar aos filhos ou alunos as razões do seu trabalho, sem reduzir o horizonte das tarefas escolares ao cumprimento de uma obrigação penosa que não haveria mais remédio senão fazer enquanto não chega o tempo das férias.
EDUCAR É DESPERTAR NOS ALUNOS:
A SATISFAÇÃO PELA OBRA BEM FEITA, DESENVOLVER A SUA CAPACIDADE PARA TRABALHAREM BEM
Portanto, nós, os pais, sob o ponto de vista educativo, devemos atender prioritariamente, quanto ao estudo dos nossos filhos, ao trabalho e ao esforço que realizam, e só depois ao nível objetivo alcançado: as notas ou classificações escolares.
Uma boa medida será sem dúvida seguir dia a dia, de maneira prudente mas real, os estudos dos filhos, ajudando-os discretamente a manter a exigência de um plano diário de estudo.
Os pais devem evitar as reações desproporcionadas perante <<as notas>>. Dissemos que o importante é o esforço que o filho despendeu, não os resultados alcançados. Uma nota elevada sem esforço não merece um prêmio e, por vezes, uma aprovação pode ser motivo para uma celebração.
Os filhos melhor dotados, os de notas elevadas sem esforço, correm o risco de não ser educados numa virtude tão fundamental como a laboriosidade. De acordo com o orientador escolar, teremos que preparar-lhes um plano pessoal de estudos que fomente os seus hábitos de trabalho.
As classificações escolares devem servir para :
REFLETIR E DIALOGAR COM O NOSSO FILHO E PROCURAR SOLUÇÕES QUE MELHOREM O SEU TRABALHO-ESTUDO
Em conclusão, a exigência dos pais quanto ao rendimento escolar de um filho deverá ser coerente com as capacidades reais desse filho e centrar-se não nos resultados mas no esforço.
Para ajudar os nossos filhos nos seus estudos, temos de assegurar em casa, com as ações adequadas, as condições favoráveis para que trabalhem todos os dias:

- lugar tranqüilo para estudar;
- um ambiente familiar que anime a estudar;
- um horário de estudo que se respeita sem interrupções;
- o controle severo sobre a televisão, etc.;

mostrando sempre interesse pelo trabalho que realiza o filho.

Condensado do livro: As Relações Pais-Colégio, José Manuel Cervera e José Antonio Alcázar , Editora Rei dos Livros

quarta-feira, 10 de julho de 2013

COMO ESTUDAR SOZINHO EM CASA

Como estudar sozinho

Simone Janner Grohs e Sílvia Silveira da Silva
Aprender sozinho exige organização e perseverança. Abaixo, algumas sugestões de como preparar o ambiente de estudo e a cabeça para enfrentar livros e testes e chegar com tudo para as provas:
  • Seja um estudante sincero. Identifique os pontos fortes – aquelas matérias mais fáceis – e as dificuldades – disciplinas mais complexas.
  • Prepare o ambiente de estudo – pode ser no quarto, na sala, na cozinha, enfim, o lugar que você mais se sente à vontade –, deixando o local com boa luminosidade e bem arejado.
  • Ao interromper o estudo, deixe um sinal específico para retomar a aprendizagem exatamente de onde parou, sem perda de esforço nem de tempo.
  • Escolha cadeiras confortáveis, que, depois de horas de estudos, não causem dores na coluna, nos braços e nas pernas. Ficar deitado ou recostado na cama pode causar problemas posturais.
  • Acostume-se a estudar no mesmo local e no mesmo horário.
  • Realize os estudos com duas intenções: aprender (primeiro objetivo) e recordar.
  • Inicie os estudos depois de pelo menos 10 minutos de relaxamento, período em que você deverá se concentrar em pensamentos e sentimentos equilibradores. Pense sempre positivo. Não brigue com a situação. A prova é uma realidade que deve ser enfrentada com disposição.
  • Evite movimentos e sons que tirem a concentração. Não é necessário se desligar totalmente do mundo – uma música, por exemplo, em volume mais baixo é sempre uma boa companhia –, mas resista a atender telefonemas, fique longe de conversas e evite barulhos repetitivos.
  • Se for necessário decorar algum conteúdo, procure ler em voz alta a matéria e com rapidez. Não se detenha em memorizar datas ou fórmulas.
  • Elabore seus próprios exemplos (ganchos), relacionando os conteúdos estudados. Pode ser até a associação de uma matéria com alguma música que você pode cantarolar até em um passeio no parque.
  • Aproveite o deslocamento em um ônibus ou o banho para repassar o que foi estudado.
  • Evite fixar-se em algum conteúdo ou exercício difícil até chegar a uma resposta. Prefira seguir adiante, retomando esse tema complexo após ter passado por outros assuntos que possam ajudar a resolver o impasse.
  • Não queira se transformar em um super-herói. Identifique os seus limites.
  • Faça esquemas, gráficos, mapas, resumos sempre que desejar dominar um conteúdo extenso.
  • Procure ler jornais e revistas e assistir a programas de rádio e TV. Se tiver Internet, realize pesquisas que possam servir como entretenimento e instrumento de aprendizagem.

FONTE: psicóloga Simone Janner Grohs e arte-educadora Sílvia Silveira da Silva, do Centro de Pesquisa, Educação e Consciência (CPEC). Maiores informações sob técnicas de autodidatismo e preparação para o vestibular poderão ser obtidas pelo e-mail s.grohs@terra.com.br.


APROVEITE AS FÉRIAS PARA RELEMBRAR CONTEÚDOS JÁ ESTUDADOS!